O falso amigo!
O falso amigo e verdadeiro inimigo.
Não queria ser eu a escrever esta história pois há por certo pessoas mais avalizadas do que eu para narrar esta passagem, alem disso não me quero tornar em monopolizador destas páginas, mas como ninguém tem falado deste (amigo)inimigo eu vou falar daquilo que foi deixado sair cá para fora num cenário de investigação, para não usar nomes próprios vou referir este (amigo)inimigo pelo nome Max.
Max. era um rapaz nativo que devia ter entre os 18 e os 20 anos, trabalhava na Vila do Lumeje em diversos serviços pertença da sociedade civil desta localidade, era um moço afável que nos tratava bem, sempre muito prestável e além do mais um exímio jogador de futebol, era bom vê-lo jogar pelos Nativos contra qualquer equipa da nossa Companhia, jogava o jogo pelo jogo nunca entrando em jogadas maldosas pois a sua habilidade nata para jogar dispensava-o de ter que recorrer a jogadas faltosas ou maldosas, convivia connosco numa franca e respeitosa Camaradagem e nós também o tratamos com respeito e amizade durante o tempo que o tivemos como amigo.
A certa altura creio que no inicio de Fevereiro de 1968 o Max. apareceu no nosso Quartel choroso e a pedir ao nosso Comandante o favor de lhe dar proteção com o argumento de que o inimigo o teria abordado e ameaçado de morte por ele ser amigo das Tropas Portuguesas, penso que terá usado de várias prorrogativas acerca do nosso inimigo com o que terá levado O nosso Comandante a dar-lhe guarida no seio do nosso Quartel na prespectiva de proteger o Max. de qualquer investida do inimigo.
O Max. ficou resguardado no nosso Quartel e foi-se sempre comportando de forma a merecer a nossa confiança que ele sabia muito bem conquistar, conseguindo os seus intentos que era ser visto como bom amigo e lá pediu ao nosso Comandante se quando nós fosse-mos á Localidade -X- onde tínhamos permanentemente uma secção destacada o auturisava a acompanhar-nos para poder visitar os seus familiares residentes nessa Localidade -X-, O nosso Comandante anuiu e no dia em que foi necessário ir á Localidade -X- O nosso Comandante autorizou a que o Max. integra-se no Grupo de Combate que ali se tinha que deslocar, aqui o Max. teve contacto e acesso á casa que servia de Base para a secção ali estacionada, e terá creio eu ficado algum tempo nessa nossa Base tempo esse que lhe terá sido o suficiente para ele pôr em prática aquilo que planeava e que com a sua amabilidade tornava possível executar.
Regressou então ao nosso quartel com O Grupo de Combate que tinha ido cumprir a sua missão, é aqui que toda a manobra começa a aperceber-se, O Furriel que comandava a Secção destacada na Localidade -X- foi alertado pelos Camaradas que ali prestavam serviço que havia um Cunheto de Material de Guerra violado e com falta de algumas Granadas de uso manual, O Furriel procura junto dos seus subordinados se tinham tido necessidade de usar algum material, a resposta é que ninguém tinha feito uso daqueles projeteis, nesta situação O Furriel que chefiava a secção faz o que lhe compete e dá conhecimento via Radio Ao nosso Comandante de Companhia, O nosso Capitão logo transfere esta situação para a investigação que de imediato fez deslocar para o nosso Quartel um elemento da Pide para investigar esta anomalia.
1º resultado e com todo sentido, se para além dos Militares só o Max. teve acesso aquele local é logico que foi ele quem retirou o material que faltava, aqui o Max. passa de protegido a prisioneiro, nesta situação o Max. começa a ser interrogado exaustivamente para o fazer vomitar o que escondia dentro de si, não terá sido tarefa fácil fazê-lo dizer quem era realmente, ao que vinha e quais as suas reais ligações com o nosso inimigo, desse aperto foi conseguida a confissão de ter roubado as ditas Granadas, terá dito que as passou logo para o nosso inimigo na localidade -X- que ele era um elemento graduado do nosso inimigo demonstrando ter total conhecimento da localização do Aquartelamento inimigo ao qual ele pertencia e penso eu terá dito meias verdades porque não há melhor mentira que a que contem meia verdade, terá então levado o investigador a acreditar que levaria as nossas Tropas até ao pressuposto quartel inimigo para que nós num golpe de mão neutraliza-se-mos esse foco do inimigo.
Foram então ponderados todos os elementos disponíveis para daí podermos passar á ação de neutralizar esse refugio do inimigo, o Max. prontificou-se para servir de guia para se atingir o objetivo que ele conhecia muito bem.
Seguidamente prepara-se a companhia para esta operação, as nossas forças vão de viatura até á localidade -X- onde ficam as viaturas á guarda da secção que aí se encontrava em serviço, depois foi a caminhada feita através do percurso indicado pelo Max. que servia de guia é um dia de caminhada para tentar chegar ao objetivo prespectivado pelo Max. e que seria pressuposto encontrar o dito refugio do inimigo, depois de tanto caminhar os Camaradas que seguiam á frente das nossas Forças começaram a aperceber-se que o Max. não estava ali para ajudar mas para ou tornar possível uma cilada ou então tentar em sitio apropriado fazer a fuga, aperceberam-se que já iam a entrar pela 3ª vez no mesmo trilho em que andavam envolta do mesmo morro, então um Camarada que seguia junto ao Max. diz-lhe ó seu filho da P...a tu estás a enganar-nos estás a ver se nos F....s aqui o Max. ao sentir que já não enganava ninguém tenta fugir mas o Camarada que ia por perto dele não era peco e vai de lhe atirar a matar e acertando em cheio não o deixou enganar mais ninguém, provavelmente ficou perto do seu aquartelamento para não dar muito trabalho
Sem comentários:
Enviar um comentário