quinta-feira, 30 de maio de 2013

Um apelo do Manuel Silva!


 Boa Tarde Amigos da 1535, pelo que vejo e é com satisfação que constato isto, a nossa Companhia está aqui representada creio que por todos os Grupos.
Assim temos, do Grupo de Serviços O Amigo António Henriques da Silva, do 1º Grupo de Combate, O nosso Comandante António Anes de Azevedo, O Joaquim Nogueira Marques e Manuel Lopes da Silva.
Do 2º Grupo de Combate O José Manuel dos Santos Gonçalves(Zé Terras) e O Luís Almeida Carneiro.
Do 3º Grupo de Combate O Alberto Santos Estrela Purificação e O Manuel Gonçalves Rodrigues do Souto
Do 4º Grupo de Combate O Elísio João Rodrigues Nunes.
Por sermos assim um leque considerável, atrevo-me a pedir a todos o favor de publicarem as vossas fotos da Guerra, e se possível as passagens associadas aquelas que se relacionem com qualquer episódio por lá vivido, peço-Vos encarecidamente que façam esse sacrifício para podermos enriquecer o nosso blog e assim dar mais motivos para a possível feitura de um Livro que tem sido ideia abranjente a todos do Batalhão, mas pelo que vejo é capaz de ter que se resumir á nossa Companhia, pois não estou a ver colaboração ao nível de Batalhão, para que isso se faça.
Já não somos jovens, amanhã pode ser tarde e será bom deixar algo escrito para as gerações que nos irão suceder, peço também que contem os episódios vividos pelos Vossos Grupos de Combate ou ao nível da Companhia.
Para Todos UM GRANDE ABRAÇO

terça-feira, 28 de maio de 2013

Carta ao Inimigo!


O meu final de Comissão no Luatex e a Carta do Inimigo.
Vou tentar ser omais preciso possivél e o menos fastidioso que possa para descrever este ultimo episódio.
Como sempre e durante o tempo que passá-mos no Leste, Vila do Lumeje local do quartel da 1535 cabia á nossa Companhia fazer protecção e segurança a quatro Povoações da área da nossa abrangencia, passo a mencionar, a Leua, o Sandando, o Cassai e o Luatex, mantendo no caso das primeiras tres destacada uma secção, já no que se refere ao Luatex essa secção éra reforçada, lembro-me que aí tinhamos 12 atiradores um Radio Telefonista e o Furriel que nos comandava, tive a sorte de fazer todos estes Destacamentos sendo o ultimo o do Luatex, a Secção destinada foi a do Morteiro comandada Pelo furriel Selas eu integrei-a como reforço para completar o numero de activos necessário, até aqui tudo normal, mas quando fomos para o Luatex em meados de Março 1968 seria para ser-mos revesados no principio de Abril por outro grupo que deveria fazer o resto da Comissão pois estava prevista a rendição da nossa Companhia por nessa ocasião já termos acabado o nosso tempo de dois anos de Comissão e iriamos regressar á Metropole no dia 1 ou 2 de Maio como viria a acontecer, tudo corria dentro da normalidade até que no dia 27 de Março e na picada que ligava o Luatex ao Lumeje o 1º Grupo de Combate ao regressar ao de uma missão que tinha cumprido sofre dois ataques do inimigo estes ataques foram fortes e causaram grande mossa no Grupo com 3 Mortes que menciono no 1º ataque faleceu O Vitor Manuel Azevedo Castelo Branco e no 2º ataque O Joaquim José Capela de Cristo e O Celestino do Carmo Pereira além dum grande numero de feridos, no dia seguinte 28 de Março o 3º Grupo ao fazer um patrulhamento numa picada de acesso entre o Lumeje e o Luatex e ainda nas proximidades da Vila sofre outra embuscada e perdem a Vida O Alferes Pais e o Cabo Sipaio que por motivo que desconheço acompanhava as nossas Forças, entretanto e também a 27 de Março o inimigo desfere um forte ataque aos nossos Camaradas do mesmo Batalhão na zona do Dilolo e que infelizmente custou A Vida a tres Companheiros de Guerra, na mesma noite de 28 de Março o inimigo esteve no Luatex a cerca de 100 metros de nós digo isto porque o inimigo colocou na picada que saía do Luatex em dircção a Henrique Carvalho e como referi a uns 100m um pau espetado no chão com uma carta segura no dito pau para que nós ao avistá-la a fossemos recolher, o 1º a avistá-la devo ter sido eu que estava a fazer a guarda na frente da nossa caserna (faziamos 4 sentinelas um a cada canto da caserna) aquando do romper do dia eu e outro Camarada que fazia a sentinela na outra esquina da frente avistamos a dita carta num pau ao meio da picada chama-mos á atenção do Furriel Selas para saber o que fazer pois podia tratar-se duma cilada, então e bem O Furriel Selas mandou-nos proteger as linhas laterais da picada para que um Nativo fosse em segurança buscar a dita correspondencia do inimigo o que sucedeu sem incidentes, a carta éra dirigida a nós Soldadados com palavras de aliciamento para nos juntar-mos a eles dando indicação onde nos dirigir-mos e que seriamos bem recebidos, não nos tratavam mal apenas nos chamavam de soldados Salazaristas e que ao serviço deste Colonizador e ditador nos transformá-mos em assassinos, escrevo apenas o resumo da carta pois o texto da mesma era maior e não o recordo na integra, neste contexto de ataques visando as ligações Lumeje - Luatex que poderia ser fatal e já que estávamos a pouco tempo de vir embora para evitar expor qualquer Grupo a possiveis baixas não nos foram subestituir na nossa missão do luatex tendo assim aqueles que lá estávamos de prolongar o nosso tempo por mais duas semanas até á vinda da Nova Companhia que subestituia a nossa no final de Comissão, como tivemos que alongar o nosso tempo para alem do previsto não tinha-mos mantinentos suficientes pois cada secção levava as provisões ajustadas ao tempo de permanencia, como só levávamos géneros alimentares secos e durante o tempo de permanencia iamos aos Kimbos próximos comprar Galinhas Ou Cabritos para juntar aos produtos que possuiamos e assim ser possivel fazer uma refeição mais completa "abro aqui um parentise para reafirmar Comprar pois nos destacamentos feitos pelo meu grupo sempre negociamos com os Nativos a compra desses bens e recordo cada galina entre 5$00 e 7$50 e o cabrito entre 20$00 e os 25$00 conforme o tamanho, não sei se éra o valor justo ou se os Nativos acediam por respeito ou medo de forças armadas isso eu não sei julgar, mas compráva-mos, fiz esta mensão pois já li uma qualquer transcrição de quem não procedia dessa maneira o que lamento, talves pelo nosso procedimento nos tenham deixado uma carta em vez de nos atacarem penso que a vertente Social também produsia o seu efeito" retomo aqui o parágrafo anterior para dizer que em função dos riscos que corriamos e para poder-mos proteger a localidade que éra a primeira das funções destinadas deixamos de sair mesmo para ir ao Rio que ali passava perto tomar banho, sem poder-mos ir adquirir esses alimentos tivemos que nos manter até sermos substituidos apenas á base de Arros e Salsichas enlatadas que comendo com contenção lá deu para as duas semanas suplementares que tivemos que suportar até que veio a Nova Companhia para render a nossa e então com um Grupo da nossa Companhia e outro da nova Companhia e escoltados por dois Bombardeiros da Força Aerea lá saímos do Luatex rumo ao Lumeje saíndo desta situação dramática com vida para virmos para Luanda e regressar-mos á Metrópole no velho Navio Uíge que cá chegou a 13 de Maio de 1968 dia de Nosssa Srª de Fátima O meu Talismã que sempre me acompanhou
  • Manuel Do Souto Eu apenas fiz o luatex,e nao foi com o meu grupo;como o silva ja viu
     
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António Anes de Azevedo Chegou-nos a informação pelos nativos que um grupo de guerrilheiros tinha entrado na nossa zona de intervenção e que queria lutar connosco. Recebemos ordens para fazer nomadismo com grupos de combate para eliminar esses terroristas. Foi assim que acabamos por nos juntar à secção destacada, aproveitando para recolher connosco ao quartel
 
António Anes de Azevedo Ao querer comprar as tais galinhas descobrimos que as aldeias tinham sido abandonadas pelos nativos, o que interpretei como sinal de proximidades de combatentes. Regressamos por um itinerário alternativo para despistar com os alertas necessários sabendo que iríamos ser atacados, como aconteceu e o Silva descreveu. No primeiro contacto abatemos um terrorista e apanhamos-lhe a arma. Nestas acções o primeiro pelotão ficou com muito poucos homens aptos. O alferes Pais foi a seguir com dois grupos de combate continuar a nomadização. Foram momentos bem difíceis por que passou a 1535.
    Manuel Silva Creio que O Sr.Engenheiro esteve uns quantos dias conosco no destacamento do Luatex, o que não era normal, só saiu de lá provávelmente para a missão a que Se refere, mas a secção reforçada e comandada pelo Furriel Selas da qual eu fiz parte como reforço continuamos no Luatex até á rendição pelos Militares que nos sucederam no fim da nossa comissão, Um Abraço e obrigado pela Sua preciosa ilucidação
 
Manuel Silva Sim Souto fomos os ultimos e como descrevi na resenha, (o meu final de comissão) tivemos que aguentar mais do que o previsto devido ao perigo nas deslocções entre o Luatex e o Lumege e que poderia causar maiores dissabores nos nossos Camaradas, assim não fomos substituidos nos primeiros dias de Abril o que é compreensivel, um Abraço gosto em rever-Te nestas páginas sinal que já regressas-Te da viagem a Idanha-a-Nova
 

  • Manuel Do Souto Quanto aos 2 bombardeiros,eu escrevi que era 1 bombardeiro,e 1 Helicoptero pirata. mas talvez esteja enganado
     
  • Manuel Do Souto E verdade,que os kimbos estavam abandonados quando recuperamos os camaradas do luatex.Todos os kimbos oeste e este lumege luatex e luatex lumege estavam todos abandonados.Ja estavam quando da patrulha onde caiu o Alferes Pais.Pelo menos esse kimbo que havia a meio do caminho;creio eu,que era o 2 kimbo a partir do lumege,picada oeste.
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Convívio nos Três Pinheiros

 
  • Alberto Purificação OS TRÊS PINHEIROS.........BAIRRADA
     
  • Manuel Silva Os tres pinheiros na Mealhada
     

    Manuel Silva Para os que tenham curiosidade vou identificar, vou utilizar em alguns o alcunha porque sei que só assim os reconhcerão, Fila de trás, O Ramalhete, O Iça, O Mangas, O Carranjola, O Carneiro, O Zé Terras, O Quim Zé, O Pacheco, O Coutinho, e o Selas, 2ª Fila, O Sequeira, O Ascensão, O Cardoso, O Feijó, O Seilha, O Andorinho Romão, O Fernandes,O Martins, O Batista e O Zorba, em baixo, O Jorge Oliveira, O purificação O Marques, eu e O Engº Azevedo

    2º Grupo de Combate


    segunda-feira, 27 de maio de 2013

    Poesia

     
     

    PARA TI CAMARADA

    Camarada, sei que vais pensar
    Neste dia tão festivo
    que é o Natal
    ... Mas lembra-te que apesar
    Seres de lá
    Aqui também é Portugal
    Sei que te lembras e choras
    de todos os que te são queridos
    Muito da tua Santa Mãe
    Da tua mulher
    Dos teus filhos
    Mas lembra-te que eles também
    Sentem saudades tuas
    Mas orgulhosos porém
    Erguem a cabeça bem alta
    P'ra darem o exemplo ao mundo
    Que defendes a terra mãe
    Não penses camarada
    Sê forte como eu
    Pois eu sinto como tu
    A mesma dor me vai roendo
    As saudades me vão matando
    Também penso podes crer
    Tenho forças e vou lutando
    enquanto formos vivendo
    Damos graças de viver
    Um Natal se vai passar
    Mas tem coragem
    e tem fé
    Pois é a fé que nos salva
    podes crer
    Eu também a tenho
    E não me tenho dado mal
    Pois havemos de voltar
    e ao pé dos nossos
    muitos natais havemos de passar
    depois de ter defendido
    Este tão querido Portugal


    Fernandes
    Furr.Mil.ª

     Transcrito do jornal O Dragão - Dezembro de 1966

    segunda-feira, 13 de maio de 2013

    Faz hoje 45 anos,


    Bom Dia Amigos, hoje é um dia muito especial, dia da Nossa Senhora de Fátima, 13 de Maio faz 45 anos acabava para nós a incerteza que a Guerra nos provocava e podemos apartir deste dia recomeçar as nossas vidas reiniciar os nossos projetos interrompidos para servirmos de carne para canhão, para os que ainda cá estão desejo a maior sorte do mundo, aos que já nos deixaram, Paz ás Suas Almas

    quinta-feira, 9 de maio de 2013

    Memorando Zé Terras!


    Vou aqui publicar uma resenha que o nosso Amigo José Gonçalves(José Terras)me confiou, no seu 1º parágrafo escreve sobre a Companhia que o levou para a Guerra, O José Manuel Homem que venceu na vida graças á Sua honestidade e muito trabalho, foi na guerra vitima da sua coerencia e por essa qualidade pagou com 5 anos de comissão em Angola, tendo ido para a nossa Companhia já com 4 anos de serviço prestado, tinha a especialidade de Condutor mas por falta de activos aceitou de bom grado integrar os atiradores, éra assim que A Pátria Mãe respondia aos que não aceitavam a subserviencia, este texto foi escrito em 1968, Bem Hajas José Manuel por mo confiares

    MEMORANDO


    AO 1º CABO MOUSINHO PARA NÓS O OLHO AZUL DO COMANDO DO AGRUPAMENTO 10, CHEGAMOS A LUANDA, EM 18 DE SETEMBRO DE 1963, APÓS 15 MESES, LÁ NO NORTE, CHORASTE, QUANDO EU FUI PARA A PRISÃO, SENTISTES A INJUSTIÇA, COMO EU SENTI A TUA MORTE SEM PODER AJUDAR TE, SENTI AS LÁGRIMAS A CORREREM PELO ROSTO E CHOREI, NÃO DE DÔR, PORQUE OS HOMENS NÃO CHORAM, MAS DE RAIVA, O QUE É QUE EU FIZ? A MINHA MENTE ENTRA EM EBULUIÇÃO A MEMORAR, ONDE QUER QUE ESTEJAS, ESTARÁS NA MINHA MEMÓRIA SEMPRE… ZÉ TERRAS.

    AO ALFERES MIL. JOSÉ MANUEL AZEREDO PAIS A SUA BONDADE ,SUBTILEZA, EDUCAÇÃO O RESPEITO PELOS SUBALTERNOS A SUA PERSONALIDADE FORTE, FICOU NA MINHA MEMÓRIA, ASSIM COMO O VÍTOR MANUEL AZEVEDO CASTELO BRANCO "O DIPLOMATA " DE UMA INTELIGÊNCIA RARA.

    AO CELESTINO DO CARMO PEREIRA E AO JOAQUIM JOSÉ CAPELA DE CRISTO QUE ME LADEARAM NA CAMARATA E QUE TANTAS VEZES ME CONFORTARAM, ADMIRANDO -ME POR TER CINCO ANOS DE ANGOLA, ESTAVA NO HOSPITAL DE LUANDA A TRATAR DOS FERIMENTOS DA EMBOSCADA SOFRIDA NA CAMEIA, ADVINHAVA-SE A TODO O MOMENTO O RESSENTIMENTO DO IN. NAQUELAS MALDITAS EMBOSCADAS DE 27 E 28 DE MARÇO DE 1968 TOMBARAM SEM OS PODER SOCORRER, A TODOS OS MEUS CAMARADAS MORTOS VAI O MEU FROFUNDO SENTIMENTO E A MINHA REVOLTA PORQUE OS HOMENS NÃO QUISERAM QUE A PÁTRIA FOSSE DUAS VEZES A NOSSA MÃE E AO DAR A VIDA POR ELA, FOI EM VÃO......

    MAS….EM VÃO, NÃO VAI O VENTO DA HISTÓRIA PELA VOSSA MEMÓRIA O SEMPRE,… ZÉ TERRAS.

    10 de Junho de 1968.

    terça-feira, 7 de maio de 2013

    Convivio em Gondomar!


    Convivio Gondomar!


    Almoço de convivio!


    Convivio no Oreon!


    Convivio em Gondomar!


    O Margalhau!

     
     
    Manuel Silva Na quinta de Stª Teresinha no Sabugo Sintra, 2º Convivio da 1535, O Elemento da Esquerda é O Margalhau, infelizmente também já partiu

    O Zorba!

     
    Manuel Silva Na Quinta de Stª Teresinha á conversa O Margalhau e O Zorba, infelizmente os dois já não fazem parte dos vivos, pensemos bem nisso esta foi a unica vez que os dois se encontraram num Convivio, não deixemos de nos encontrar para conviver enquanto Deus der essa opurtunidade,

    O Fernandes!

     
    Manuel Silva mas eu sei 2º Convivio da 1535, da esquerda para a direita, O Miguel Fonseca Cardoso, O Felisberto Alves de Oliveira, O Laurindo Ferreira Moita e O João Carlos Rodrigues Fernandes, não contei a Srª que se vê ao meio dos 4

    2º Convivio

     
     
    Manuel Silva 2º Convivio 1535, só identifico os Homens, Fernando Mendes Martins Selas, Francisco José Pereira Boucelas e O Américo Pereira de Magalhães

    O Pacheco!

     
    Manuel Silva O Pacheco no 2º Convivio da 1535

    Convivio "Os três Pinheiros"

     
     
    Alberto Purificação OS TRÊS PINHEIROS.........BAIRRADA
     
    Manuel Silva Os tres pinheiros na Mealhada
     

    Manuel Silva Para os que tenham curiosidade vou identificar, vou utilizar em alguns o alcunha porque sei que só assim os reconhcerão, Fila de trás, O Ramalhete, O Iça, O Mangas, O Carranjola, O Carneiro, O Zé Terras, O Quim Zé, O Pacheco, O Coutinho, e o Selas, 2ª Fila, O Sequeira, O Ascensão, O Cardoso, O Feijó, O Seilha, O Andorinho Romão, O Fernandes,O Martins, O Batista e O Zorba, em baixo, O Jorge Oliveira, O purificação O Marques, eu e O Engº Azevedo
     

    A filha Bastarda!


    Como eu identifiquei a Companhia 1535 Face ao Batalhão de Cavalaria 1883

    A Filha Bastarda
     Porquê?Muitos motivos, enquanto aquartelados em Kicabo não havia nada que fosse de grau de risco elevado que não fosse para a 1535 executar, começou logo pouco depois de lá chegarmos com uma missão atribuida neste caso ao 1º grupo e que consistia em fazer o reconhecimento e levantamento da situação na Margem direita do Rio Lifunde a leste de Balacende e que se estendeu até á Fazenda do Pires levando com um inesperado grau de dificuldade por falta de utilização das vias envolventes e que não estava referenciado, a que como já descrevi numa crónica que fiz, a andarmos 2 dias perdidos e sem alimento, a vinte e poucos de Junho 1966 lá nos mandaram para a que até ali seria a pior de todas as operações, que como comento noutra resenha foi a ida á Cunha e Irmãos onde tivemos o 1º grande combate que foi a celebre noite de 27 para 28 de Junho de 1966, logo de seguida e no principio de Julho fomos para uma operação de 45 dias também dela fiz um comentário e que foi a operação Kissonde na zona de maior consistencia do inimigo, a famosa Cunha e Irmãos, passamos poucos dias em Kicabo e ainda com mazelas nos pés das matacanhas apanhadas na kissonde logo outra operação a outro feudo do inimigo, A posse do Kiembo do Zala também referida noutra crónica que escrevi, regressados desta operação uns quantos dias em Kicabo mas sempre em serviço indo fazer escoltas ao MVL ou com os nossos Grupos de combate em missões quase todos os dias, passado pouco tempo e eis que uma nova operação de grande dificuldade é entregue á 1535 a ida ao reduto do inimigo na mata da Canacassala para tentar limpar essa área com vista á futura abertura duma nova picada entre a Beira Baixa e Nambuangongo, no final de Outubro e como A Maria Fernanda até aí á guarda duma companhia independente passou a ser zona á guarda do nosso Batalhão escusado será dizer que por sorte lá calhou á 1535 fazer este serviço desde 2 de Novembro e até partirmos para o Leste, mas de premeio e para além das nossas patrulhas diárias ao nivel de grupo de combate para podermos manter o inimigo á distancia, as viagens a Kicabo em protecção ao MVL que demoravam vários dias para fazer especialmente na época das chuvas com todo o grau de elevado risco que quem por lá andou sabe quanto sofrido éra no mês de dezembro e havendo que fazer mais uma operação de grande risco á zona Cunha e irmãos, escuzado será dizer que lá vai outra vez a 1535 aqui acompanhada da 1537 uma opração que infelizmente todos sabem como acabou, lá fomos continuando no nosso dia a dia sempre em movimento porque a zona éra muito perigosa, até que em fevereiro de 1967 e sendo preciso dar protecção á engenharia para abrir a tal nova picada da beira baixa para Nambuangongo, nem é preciso pensar mandaram 2 grupos de Combate para ficarem de guarda á Maria Fernanda e vai de cravar com a 1535 a fazer durante 30 dias a respectiva protecção á engenharia fizemolo entre a mata de Canacassala e a Mata do Indio, com porrada até dizer basta, para alem dos 30 dias de protecção entre ir e voltar as viagens levaram mais uma semana isto terá dado até fins de Março, depois em Abril sempre ficamos um pouco mais na Maria Fernanda a preparar a área da nossa abrangencia para a nova Companhia que nos vinha render nos fins de Maio de 1967, daqui partimos creio que em 11 de Junho saímos Rumo ao Leste onde a Guerrilha tinha recrudescido no ano de 1966, coube-nos a Vila do Lumeje, mas para além desta Vila tinhamos que fazer proteção a mais 4 localidades, Leua, Sandando Cassai e Luatex, uma zona muito alargada para guardar e lembro que entre Lumbala e Henrique de Carvalho isto de leste a oeste foram zonas por nós bem batidas, ainda tivemos que ir até Teixeira de Sousa fazer reforço, eu publiquei fotos do Luau mas não fomos lá de férias foi em serviço e neste serviço de reforço a Teixeira de Sousa logo nos deram mais serviço e lembro Massibi, Marco 25 e Cavungo, no Cavungo depoois de uma noite dormida no camunho tomamos um pequeno almoço no quartel duma Companhia que pertencia ao Batalhão sediado no Cazombo, para daqui fazermos viagem ao lumeje passando por outro sitio que se não estou em erro se chamava Mucussuege e creio que seria zona do 1º Quartel da 1537, isto é o que eu passei e dá para fazer um juizo porque é que eu acho que a 1535 era a filha bastarda do Batlhão de Cavalaria 1883, estas inumerações dão para muitas resenhas que peço aos meus Camaradas as escrevam pois eu já dei o mote.
     
    Alberto David É um tema sensivel, mas a verdade é que muitas coisas aconteceram desde a formação do Batalhão, na minha opinião, a luta pelo lugar de Comandante de Operações, (pois é sabido que esse lugar esteve destinado ao vosso Capitão), deixou algumas marcas. O próprio Capitão Sena também não era do agrado do Comando. Quanto á falta de caminhos referenciados, era o pão nosso de cada dia, pois no Comando de Operações, não existiam dados reais dos caminhos. Só pouco a pouco, e com enorme sacrificio dos Grupos que saiam para reconhecimento é que se foram criando Cartas Militares com alguma credibilidade. Os dados que chegavam de Luanda, na maioria dos casos estavam obsoletos, só a Pide fornecia dados mais ou menos crediveis. Lembro-me perfeitamente das centenas de levantamentos que faziamos na sala de Comando e Operações.
     
     

    Manuel Do Souto Estou totalmente d acordo contigo.a companhia bastarda.Eu nunca compreendi quando estivemos na beira baixa,a levar purrada todos os dias,e haver essa ordem no dia do meu acidente,termos de ir a maria manuela durante a noite para levar artilharia;e au outro dia voltar a montar a segurança a engenharia,o que eu dizia ,fazer a pontuada;creio que era assim que se dizia ,pontuada.Enquanto isso, a companhia da beira baixa,repousava-se,nao saiam da nixa,como outras.relaxe o maxe.Ou entao,vou talvez longe demais,talvez os outros comandantes tivessem um par entre onde eu penso, maior do que tinham os nossos