terça-feira, 7 de maio de 2013

A filha Bastarda!


Como eu identifiquei a Companhia 1535 Face ao Batalhão de Cavalaria 1883

A Filha Bastarda
 Porquê?Muitos motivos, enquanto aquartelados em Kicabo não havia nada que fosse de grau de risco elevado que não fosse para a 1535 executar, começou logo pouco depois de lá chegarmos com uma missão atribuida neste caso ao 1º grupo e que consistia em fazer o reconhecimento e levantamento da situação na Margem direita do Rio Lifunde a leste de Balacende e que se estendeu até á Fazenda do Pires levando com um inesperado grau de dificuldade por falta de utilização das vias envolventes e que não estava referenciado, a que como já descrevi numa crónica que fiz, a andarmos 2 dias perdidos e sem alimento, a vinte e poucos de Junho 1966 lá nos mandaram para a que até ali seria a pior de todas as operações, que como comento noutra resenha foi a ida á Cunha e Irmãos onde tivemos o 1º grande combate que foi a celebre noite de 27 para 28 de Junho de 1966, logo de seguida e no principio de Julho fomos para uma operação de 45 dias também dela fiz um comentário e que foi a operação Kissonde na zona de maior consistencia do inimigo, a famosa Cunha e Irmãos, passamos poucos dias em Kicabo e ainda com mazelas nos pés das matacanhas apanhadas na kissonde logo outra operação a outro feudo do inimigo, A posse do Kiembo do Zala também referida noutra crónica que escrevi, regressados desta operação uns quantos dias em Kicabo mas sempre em serviço indo fazer escoltas ao MVL ou com os nossos Grupos de combate em missões quase todos os dias, passado pouco tempo e eis que uma nova operação de grande dificuldade é entregue á 1535 a ida ao reduto do inimigo na mata da Canacassala para tentar limpar essa área com vista á futura abertura duma nova picada entre a Beira Baixa e Nambuangongo, no final de Outubro e como A Maria Fernanda até aí á guarda duma companhia independente passou a ser zona á guarda do nosso Batalhão escusado será dizer que por sorte lá calhou á 1535 fazer este serviço desde 2 de Novembro e até partirmos para o Leste, mas de premeio e para além das nossas patrulhas diárias ao nivel de grupo de combate para podermos manter o inimigo á distancia, as viagens a Kicabo em protecção ao MVL que demoravam vários dias para fazer especialmente na época das chuvas com todo o grau de elevado risco que quem por lá andou sabe quanto sofrido éra no mês de dezembro e havendo que fazer mais uma operação de grande risco á zona Cunha e irmãos, escuzado será dizer que lá vai outra vez a 1535 aqui acompanhada da 1537 uma opração que infelizmente todos sabem como acabou, lá fomos continuando no nosso dia a dia sempre em movimento porque a zona éra muito perigosa, até que em fevereiro de 1967 e sendo preciso dar protecção á engenharia para abrir a tal nova picada da beira baixa para Nambuangongo, nem é preciso pensar mandaram 2 grupos de Combate para ficarem de guarda á Maria Fernanda e vai de cravar com a 1535 a fazer durante 30 dias a respectiva protecção á engenharia fizemolo entre a mata de Canacassala e a Mata do Indio, com porrada até dizer basta, para alem dos 30 dias de protecção entre ir e voltar as viagens levaram mais uma semana isto terá dado até fins de Março, depois em Abril sempre ficamos um pouco mais na Maria Fernanda a preparar a área da nossa abrangencia para a nova Companhia que nos vinha render nos fins de Maio de 1967, daqui partimos creio que em 11 de Junho saímos Rumo ao Leste onde a Guerrilha tinha recrudescido no ano de 1966, coube-nos a Vila do Lumeje, mas para além desta Vila tinhamos que fazer proteção a mais 4 localidades, Leua, Sandando Cassai e Luatex, uma zona muito alargada para guardar e lembro que entre Lumbala e Henrique de Carvalho isto de leste a oeste foram zonas por nós bem batidas, ainda tivemos que ir até Teixeira de Sousa fazer reforço, eu publiquei fotos do Luau mas não fomos lá de férias foi em serviço e neste serviço de reforço a Teixeira de Sousa logo nos deram mais serviço e lembro Massibi, Marco 25 e Cavungo, no Cavungo depoois de uma noite dormida no camunho tomamos um pequeno almoço no quartel duma Companhia que pertencia ao Batalhão sediado no Cazombo, para daqui fazermos viagem ao lumeje passando por outro sitio que se não estou em erro se chamava Mucussuege e creio que seria zona do 1º Quartel da 1537, isto é o que eu passei e dá para fazer um juizo porque é que eu acho que a 1535 era a filha bastarda do Batlhão de Cavalaria 1883, estas inumerações dão para muitas resenhas que peço aos meus Camaradas as escrevam pois eu já dei o mote.
 
Alberto David É um tema sensivel, mas a verdade é que muitas coisas aconteceram desde a formação do Batalhão, na minha opinião, a luta pelo lugar de Comandante de Operações, (pois é sabido que esse lugar esteve destinado ao vosso Capitão), deixou algumas marcas. O próprio Capitão Sena também não era do agrado do Comando. Quanto á falta de caminhos referenciados, era o pão nosso de cada dia, pois no Comando de Operações, não existiam dados reais dos caminhos. Só pouco a pouco, e com enorme sacrificio dos Grupos que saiam para reconhecimento é que se foram criando Cartas Militares com alguma credibilidade. Os dados que chegavam de Luanda, na maioria dos casos estavam obsoletos, só a Pide fornecia dados mais ou menos crediveis. Lembro-me perfeitamente das centenas de levantamentos que faziamos na sala de Comando e Operações.
 
 

Manuel Do Souto Estou totalmente d acordo contigo.a companhia bastarda.Eu nunca compreendi quando estivemos na beira baixa,a levar purrada todos os dias,e haver essa ordem no dia do meu acidente,termos de ir a maria manuela durante a noite para levar artilharia;e au outro dia voltar a montar a segurança a engenharia,o que eu dizia ,fazer a pontuada;creio que era assim que se dizia ,pontuada.Enquanto isso, a companhia da beira baixa,repousava-se,nao saiam da nixa,como outras.relaxe o maxe.Ou entao,vou talvez longe demais,talvez os outros comandantes tivessem um par entre onde eu penso, maior do que tinham os nossos
 

 
 

 

     

Sem comentários:

Enviar um comentário